No
início de 2012, recebi a notícia de que havia sido aprovada no IFRN- Campus São Gonçalo do Amarante para o
curso de Informática. Na época, minha família e eu estávamos nos mudando de
Natal para a cidade da minha nova escola. Fiquei muito empolgada pelas
aventuras e novidades de São Gonçalo, pois nunca havia morado ou estudado fora
de Natal. Por outro lado, fiquei temerosa por causa dos amigos que por lá
deixei e pelo estudo no IFRN, que diziam ser difícil e cansativo.
Ao
chegar na escola, me deparei com figuras excepcionais: Chibério, meu querido e
amado professorzinho de Eletricidade Instrumental; o safadinho piadista, Neto,
professor de Física; Gilberto, o professor de Matemática mais mel que eu já vi;
e, é claro, Milson Santos, nosso amiguinho professor de Português. Logo no
primeiro semestre, esse último professor nos trouxe a proposta de produzirmos
cordéis. Para isso, além de nos fazer ler vários exemplares para que nos
apropriássemos do assunto, ele nos levou à Casa do Cordel. Lembro-me, como se
fosse ontem, da ansiedade dos alunos em viajar com a escola pela primeira vez.
Tudo bem que era uma viagem de 20 quilômetros apenas, mas era um passeio com os
colegas de turma. Após produzirmos os cordéis, houve a exposição dos melhores
trabalhos e, modestamente, ganhei o 5º lugar na competição dos melhores
cordéis. Como prêmio, recebi um pen drive de 16 gigabytes, um lápis e uma
caneta. Eu os tenho até hoje, para lembrar que, se a minha carreira como
programadora não der certo, ainda tenho vocação para ser cordelista.
Tive
grandes amizades no 1º ano do ensino médio. Erick Rodrigo, Beatriz Germano e eu
ficávamos até tarde na parada de ônibus conversando e esperando o bendito “R”.
Infelizmente, eles tiveram muita dificuldade em seguir o curso e pularam fora.
Sueldes e Milena... Nossa amizade foi interrompida pela divisão das turmas em
aprovados (que foram para o turno da manhã) e reprovados (que ficaram no turno
da tarde). Ainda mantenho contato com eles, mas não é a mesma coisa. Quando
passei para o 2º ano, pensei que ficaria sozinha e sem amigos o resto do ano,
pois as únicas pessoas com quem eu era mais chegada reprovaram. Porém, criei
uma forte amizade com Amanda Maria, e, hoje, somos irmãs siamesas, sempre
juntas, conversando, rindo.
Na
minha nova escola, me deparei com muitas novidades trabalhosas e divertidas,
como a produção dos cordéis, a apresentação da peça “Édipo Rei” e o Seminário
de Iniciação à Pesquisa. Foram várias atividades que eu nunca havia feito nas
outras escolas. No geral, todas valeram a pena.
Estudar
no IFRN realmente é muito difícil e cansativo, mas os pequenos detalhes, as
amizades que fazemos, os professores malucos... Enfim, tudo o que vem de lá o
faz especial, nos faz ser diferentes, conseguir coisas que pensamos não ser capazes.
Não vê? Sou até cronista!
Régia Carla Medeiros da Silva
Informática 2M
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