quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Copa 2014: Onde está a nossa parte do lucro?

             
           Grandes eventos promovem grandes mudanças. Quando se fala em Copa do Mundo, imagina-se grandes estádios, cidades modernas, grandes espetáculos, tudo dentro daquilo que estabelece a Federação Internacional de Futebol, FIFA.
   
          Quando o Brasil foi escolhido para sediar a Copa, a presidenta Dilma Rouseff encheu as esperanças daqueles que sonhavam com um Brasil menos caótico, pois o país teria que se adequar estruturalmente para o evento, e assim o governo teria um motivo de maior importância para investir. De fato, coisas boas vão acontecer, algumas já estão acontecendo, mas se analisarmos bem, as soluções terão impactos rápido e os brasileiros não terão o retorno que esperam. O evento vai ser bom, vai gerar empregos, aumentar o PIB por alguns meses, mas mudará de fato a vida dos brasileiros? Estamos vendo que não. Muitas obras de mobilidade foram canceladas. Em Natal, uma das cidades sede, mais de 70% dos projetos não sairão do papel por falta de verba do governo, segundo divulga o site da Prefeitura. O case se repete em outras cidades, e concluímos que a prioridade estava apenas na construção dos estádios.

          Tudo vai ser bom enquanto o evento estiver acontecendo, mas quando chegar no fim, virá também o fim dos empregos temporários, fim dos investimentos e da esperança de quem já está acostumado com falsas promessas. O retorno de tudo irá apenas para as mãos do governo e das grandes empresas, e o que faltar, os brasileiros, escravos do salário mínimo, irão pagar através dos impostos. Nós investimos, e nós pagamos.

          Enquanto estivermos atolados nas areias da corrupção, nosso país será apenas uma potência em inércia. O governo, que sempre utiliza da política do “pão e circo” para esconder seus roubos, sempre vai sair no lucro.

          Não queremos mudanças temporárias, queremos soluções permanentes e uma vida digna de um morador da sexta nação mais rica da terra.

Raddson Ricelle –  estudante do 2º ano do curso de  Informática no IFRN – Câmpus São Gonçalo do Amarante 

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