sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Muito além do baseado

           Drogas são substâncias que alteram os processos químicos do organismo. Contudo, em um outro contexto, o termo se refere a substâncias psicoativas e são geralmente associados às drogas ilícitas, reguladas por leis.

            A maconha é uma planta, e o registro de seu uso é de milênios antes de Cristo. Usada em rituais, misticismo entre outras coisas, a planta sempre apareceu como um “bem” sagrado para algumas religiões. Porém, com o tempo, o uso e consumo da maconha se tornaram banais, e o seu nome, para algumas pessoas, já causa uma má visão, associando a uma coisa ruim.

         Dizer que a maconha é apenas um cigarro que prejudica a saúde é errado. O uso dela como erva é somente um caso singular de uma gama de aplicações úteis da planta. O fato é que muitos falam de uma coisa que não conhecem. Por exemplo: para fins medicinais, podemos destacar o uso da maconha para o tratamento de algumas doenças vasculares, para abrir o apetite, regular a pressão ocular de pacientes com glaucoma, produzir medicamentos para combater o enjoo etc.; Para fins industriais, podemos usá-la para produzir jeans, cosméticos, papel, combustíveis vegetais, carrocerias, fibras e outros fins. Estima-se que se derivam mais de 25 mil produtos da maconha, segundo a USP.

            Quando falam dos pontos negativos, ou maléficos da maconha, estão se referindo a ela ou ao baseado? De fato, o baseado traz consequências para quem usa, mas mesmo assim não se compara nem ao mais leve cigarro, ou até mesmo a outras drogas legalizadas. É uma proporção de 4 substâncias tóxicas da maconha para 40 substâncias do cigarro, ou seja, nem dá para comparar.

            Descriminalizar a maconha acabaria com o preconceito, diminuiria o tráfico, e daria alternativas inovadoras para a medicina, afinal, as plantas se mostram cada vez mais úteis para a saúde.

Raddson Ricelle –  estudante do 2º ano do curso de  Informática no IFRN – Câmpus São Gonçalo do Amarante 

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