segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

De marmita pronta!

Era de uma quinta para sexta-feira, mais um de meus comuns e monótonos dias no IFRN- São Gonçalo do Amarante. Resolvi  vagar sem rumo pelo campus, o que já era de costume. Pensei talvez em ir comer ou beber algo na cantina... e por que não? Estava ali sem fazer nada mesmo! Portanto, caminhei até a cantina, me direcionei calmamente até o balcão e pedi um bom copo de vitamina de abacate.
Quando enfim meu pedido chegou, dei uma cheiradinha, como boa apreciadora que sou. Logo que aproximei as narinas, senti um cheiro terrível e azedo, mas me propus a experimentar a iguaria. Para quê? Só para inguiar no primeiro instante. Quando minha língua foi ao encontro daquele líquido, o que estava na minha barriga retrocedeu completamente. Foi tiro e queda, vomitei sem piedade!

  Pensam que desisti? Claro que não! Quando me recuperei, fui tomar um sorvete, para ver se afastava aquele gosto horrível de mim, ou melhor, de minha língua, coitada. Quando abri o frízer para pegar o sorvete, me veio novamente uma essência de podridão que se alastrava por toda parte. O frízer, meus caros, estava quebrado, e simplesmente deixaram os líquidos de todos os produtos podres espalharem-se. O que me constrange é saber que, além da qualidade baixíssima, os atendentes ainda são porcos.

  Ah, mas não se preocupem, sou brasileira e não desisto tão facilmente. Mesmo com todos esses transtornos, ainda fui comprar um salgado, afinal, estava com o estômago vazio e traumatizado, precisava comer. Na primeira mordida, minha boca se encheu,  não de comida, tampouco de saliva, foi de óleo mesmo. Ali, pude concluir que não só não valeria a pena, como eu também não deveria tentar ingerir coisa alguma naquele ambiente.

  Entretanto, confesso a todos que minha vontade de voltar ao atendente e questioná-lo sobre estarem servindo salgados com recheio e cobertura extra de óleo foi imensurável. Fui para casa com o pensamento forte dentro de mim, que no dia seguinte, assim como todos os outros, permaneceria trazendo minha marmita pronta. Quero distância dessa cantina famigerada. Senti na pele, na língua e no estômago o gosto amargo dessa fama!

Ângela Rayane
 


  

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