domingo, 9 de fevereiro de 2014

Carmim: a cor da paixão ou do cinturão?

 
  “Já é novembro, e o ano está como pombo... voando e cagando na minha vida.” É, digo isso com uma frequência enorme, já se tornou um de meus bordões característicos.  
  Aqui, no IFRN - São Gonçalo do Amarante, é assim. Nós, os renomados donos de lan-house, vulgo alunos do curso de Informática, já estamos em demasia íntimos deste enfado de rotina.
  Vejam bem, já começa o semestre... Sim, sim, meu caros amigos, o semestre por aqui está se iniciando em novembro, devido a uma greve terrível que atrasou todo nosso calendário.
  Como eu dizia, o semestre já começa com mais de quatro seminários para apresentar, das mais diversas matérias (Português, Matemática, Artes, Filosofia, Geografia, etc); com uma quantidade absurda de provas para estudar, desde a primeira semana; com atividades inacabáveis e códigos que, bem... nem é preciso falar deles, a depressão já está batendo. Veja só!
  Não que fuja muito da rotina do semestre anterior, com peças mais que estressantes para apresentar, como Édipo Rei e A Pequena Princesa (adaptação realizada pela professora de Inglês, da obra literária O Pequeno Príncipe); projetos repletos de códigos incompreensíveis; SEMADEC, que promoveu uma série de discórdias infindas, e um apanhado de frustrações.
  O resultado disso tudo é o seguinte: toneladas e mais toneladas de boletins pichados de carmim. A cor da paixão? Sim, claro... da paixão dos cinturões pelos nosso rabos. Não me tome como vulgar, nem como pobre de vocabulário. É que “rabo” exprime de maneira mais enfática o que eu pretendia dizer. Sem contar que não sou lá muito adepta a eufemismos desnecessários.
  Bom, esta metafórica vermelhidão em nossos documentos acadêmicos foram as marcas deixadas pelos bimestres passados em nossas vidas. Agora, estamos todos empenhados para recuperar o perdido, para nos reerguermos, para voltarmos ao padrão tão adorável de notas razoavelmente boas.
  A motivação é, comprovadamente, uma das grandes chaves para o sucesso na aprendizagem de um aluno. Entretanto, com todos esses afazeres e notas mais baixas que todas as autoestimas que me restam, não dá,  definitivamente!
  Como eu e os demais suportamos essa pressão para sermos melhores em tudo, alunos “privilegiados e ímpares”? Como suportamos? Na verdade, não suportamos. Apenas tentamos dar nosso melhor sempre, dentro das condições cabíveis. E se não dá jeito? Tiramos uma boa soneca na aula e deixamos tudo de pernas pro ar.  Afinal, também somos filhos de Deus!


Ângela Rayane

Um comentário:

  1. Eu quero dizer que The Little Princess não deu nota baixa pra ninguém, viu? ^_^

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