segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

No Brasil, as prioridades vêm por último

       O governo brasileiro decretou que a Copa do Mundo 2014 será realizada no país. O argumento é que esse evento promoverá empregos para a população e fará a economia do Brasil aumentar. Usou como justificativa, também, que, com a Copa, as ruas serão melhoradas, aeroportos e estádios serão construídos ou reformados. No entanto, essas não são as prioridades do povo brasileiro.
              
       Muito dinheiro será gasto com esse evento. A África do Sul sediou a Copa do Mundo, em 2010, e não gastou nem 8 bilhões de reais. A razão pela qual o Brasil está gastando quase 4 vezes mais é não só pelo número de cidades-sede como também pela corrupção. O dinheiro não sai diretamente dos cofres públicos, porém, mais tarde, o governo terá que pagar a dívida, pois grande parte é apenas um empréstimo, diferente do que muitos pensam.

            Aqui, no Brasil, é assim: rico cada vez mais rico e pobre cada vez mais pobre. Por que não usam os quase 30 bilhões de reais que serão gastos na Copa para atender as demandas mais urgentes, como saúde e educação? O país não precisa impressionar o mundo, seria ótimo se impressionasse primeiro o seu próprio povo.
       Os empregos temporários oferecidos na época da Copa trarão benefícios a muitas pessoas, porém são só isso: temporários, e não mudarão a vida de quase ninguém. As pessoas que vendem picolés na praia terão bastante lucro na época do evento, entretanto, quando a Copa acabar, terão que frequentar os mesmos hospitais de má qualidade, e seus filhos terão que ir às mesmas escolas públicas onde faltam professores.

            Não é de jogos de futebol que o povo brasileiro precisa, não é de obras superfaturadas que a população vive. O povo precisa da honestidade dos governos, de casas e empregos sustentáveis. Precisa de saúde, educação e segurança. Essas são as prioridades da população brasileira.

Régia Carla Medeiros  Silva –  estudante do 2º ano do curso de  Informática no IFRN – Câmpus São Gonçalo do Amarante

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