Há quem
diga que a maconha é a porta de entrada para outras drogas. Todavia, um estudo
da Universidade de São Paulo (USP), em 2012, que englobou 50 dependentes
químicos de crack, mostra o
contrário. Na pesquisa, os dependentes foram submetidos a um tratamento
experimental de redução de danos causados pelo crack. Sob a coordenação do psiquiatra Dartiu Xavier, o grupo foi
tratado com maconha. Daquele total, 68% trocaram o crack pela cannabis. Após
três anos, todos que fizeram a troca não usavam mais droga. Isso só reforça a
tese de que a erva, se usada
corretamente, traz benefícios à saúde da população.
Agora, venho fazer uma analogia entre o
cigarro e a maconha. O cigarro possui mais de 4 mil substâncias químicas, sendo
que 40 são cancerígenas e nenhuma é usada
medicinalmente. Já a maconha possui cerca de 400 substâncias, não contém
elementos cancerígenos e possui várias aplicações medicinais. O valor pago em
impostos na venda de uma carteira de cigarros, no Brasil, extrapola os 80 %. Já
a maconha é ilegal e pode ser plantada no “quintal de casa”, isentando-a assim
de impostos.
Pegando carona no parágrafo anterior,
faço uma reflexão: se o tabaco causa tantos danos à saúde, por que então ele é
liberado, e a cannabis não? A
resposta é simples. Impostos. O governo sabe que, se descriminalizar, os
usuários podem plantar no quintal de casa, isentando-os, desse modo, de pagarem
impostos.
As pessoas, constantemente, relacionam o
uso da droga com a agressividade, mas e o excesso de álcool? Não seria pior?
Pesquisas recentes mostram que o número de mortes por maconha é igual a zero,
enquanto o álcool e o cigarro matam milhões todos os anos. O abuso de qualquer
droga tem efeitos colaterais. Com a maconha, não é diferente. Se você tomar
mais remédio do que lhe foi prescrito certamente poderá vir a óbito. Já com a
maconha não ocorre isso (independentemente da quantidade), ou seja, overdose é
impossível!
Acredito no potencial da maconha em seu
uso medicinal. A legalização e descriminalização trarão várias pesquisas
importantes quanto ao uso da maconha para o tratamento de doenças, como o
câncer e o mal de Alzheimer. A grande barreira, para que essas pesquisas
ocorram, chama-se governo, que deveria liberar, pelo menos, o uso medicinal.
Acredito, também, que com a evolução da sociedade, a legalização da maconha
trará vários benefícios à população.
Júlio Matheus - estudante do 2º ano do curso de Informática no IFRN – Câmpus São Gonçalo do Amarante
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