
Quando entrei no IF, fiquei
deslumbrado com uma escola sem pichações, professores interessados em nos
ensinar e com uma infraestrutura impecável. Já o WP nem parecia uma escola do
ensino fundamental e sim a categoria de base do América. O vício era tão
grande, que tinha alunos que iam para escola só para jogar bola, mesmo a quadra
parecendo um queijo suíço.
No Waldson, a matéria que eu menos
aprendi, embora gostasse, foi Geografia. Começou no 6° e 7° ano com o professor
Bernardo Vieira, um professor grosso que só falava gritando, e suas aulas se limitavam
apenas a ler e resumir capítulos do livro. Já no 8° e 9° ano, foi José Santos,
o professor mais ausente que já tive, só aparecia na escola a cada três meses
para aplicar uma prova.
No IFRN, a história foi diferente
(graças a Deus!). Um professor conseguiu reacender a chama do amor que eu tinha
pela Geografia: Romero Tertulino, mochileiro, dinâmico, extrovertido e que
tinha amor pelo que fazia. Além disso, era vascaíno! Tem coisa melhor? Ao final
de cada aula, ele sempre fazia perguntas sobre o conteúdo ministrado. Cada
pergunta certa rendia scores, que
valiam um décimo cada, e isso ajudava na nota ao final do bimestre. Todos o respeitavam.
Bastava uma simples contagem regressiva de 3...2...1... e pronto! Toda a turma
se calava.
Todo mundo o adorava. Dava para ver
o brilho nos olhos dos alunos ao assistir sua aula, e nas lágrimas de muitos ao
vê-lo ser remanejado para o Campus
Parnamirim. Os alunos de lá nem imaginam a sorte que têm de ganhar um professor
tão bom como Romero. Mas eu ainda posso dizer que ele foi o melhor professor de
Geografia que eu já tive.
Gabriel de Oliveira
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