segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

“Kathe-Tere-Kathe



Onde estão vocês? Vocês que faziam minhas tardes um pouco mais alaranjadas? Gosto muito de nuvens alaranjadas, são as minhas favoritas. Ultimamente, não tenho visto muito essas nuvens. Vejo apenas um céu comum, cheio de nuvens comuns, cheio de saudades.

Minha vida o ano passado foi repleta de emoções. As mais fortes aconteceram no IFRN Campus São Gonçalo do Amarante, onde conheci pessoas fantásticas, especificamente do curso de Informática e do turno da tarde, curso e horário em que eu estudava.

No fim do ano, uma onda de fracassos acadêmicos levou três pessoas muito especiais para longe de mim. Isso não resultou numa separação, mas sim num distanciamento. Depois disso, a saudade bate na minha porta constantemente. Katheline, Tereza e Katheryny são inesquecíveis.

Katheline é forte, corajosa. As coisas podiam estar feias, tristes e complicadas, mas ela sempre passava segurança.

Tereza... O que falar quando penso em Tereza? Eram muitos shows ao vivo. Cantávamos até dar uma dor. Tinha gente que até chateada ficava, mas fazer o quê? Nascemos para cantar juntos. Como falavam, ela “era do mundo”, mas também era minha.

Katheryny me lembra um gato, nosso bicho favorito. Estava ao meu lado sempre. Nos divertíamos sempre juntos. Cuidava de mim sempre. Éramos inseparáveis. Todos nós éramos.

Quando me lembro das três (Katheline, Tereza e Katheryny), vem à minha cabeça a abreviação “Kathe-Tere-Kathe” e várias lembranças. Lembranças eternas. Lembranças que me fazem rir e chorar.

Lembro-me de quando descíamos a ladeira correndo, das conferências noturnas, do nosso grupo de investigação C.S.I., das brigas, dos risos por besteira, de tudo. Se no sexo existe um clímax, na nossa relação também havia. Momentos de grande prazer a quatro. Prazeres de amizade, de felicidade.

Joelma continua loira e eu aqui, rindo sozinho ao lembrar dos tempos em que estive com “Kathe-Tere-Kathe”. É melhor eu sair daqui e ir procurá-las. Tenho que aproveitar enquanto elas estão aqui perto. Necessito ver um céu cheio de nuvens alaranjadas. Do jeito que eu gosto.


Hugo Araújo

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