Onde
estão vocês? Vocês que faziam minhas tardes um pouco mais alaranjadas? Gosto
muito de nuvens alaranjadas, são as minhas favoritas. Ultimamente, não tenho
visto muito essas nuvens. Vejo apenas um céu comum, cheio de nuvens comuns, cheio
de saudades.
Minha
vida o ano passado foi repleta de emoções. As mais fortes aconteceram no IFRN Campus São Gonçalo do Amarante, onde
conheci pessoas fantásticas, especificamente do curso de Informática e do turno
da tarde, curso e horário em que eu estudava.
No
fim do ano, uma onda de fracassos acadêmicos levou três pessoas muito especiais
para longe de mim. Isso não resultou numa separação, mas sim num
distanciamento. Depois disso, a saudade bate na minha porta constantemente.
Katheline, Tereza e Katheryny são inesquecíveis.
Katheline
é forte, corajosa. As coisas podiam estar feias, tristes e complicadas, mas ela
sempre passava segurança.
Tereza...
O que falar quando penso em Tereza? Eram muitos shows ao vivo. Cantávamos até dar uma dor. Tinha gente que até
chateada ficava, mas fazer o quê? Nascemos para cantar juntos. Como falavam,
ela “era do mundo”, mas também era minha.
Katheryny
me lembra um gato, nosso bicho favorito. Estava ao meu lado sempre. Nos
divertíamos sempre juntos. Cuidava de mim sempre. Éramos inseparáveis. Todos
nós éramos.
Quando
me lembro das três (Katheline, Tereza e Katheryny), vem à minha cabeça a
abreviação “Kathe-Tere-Kathe” e várias lembranças. Lembranças eternas.
Lembranças que me fazem rir e chorar.
Lembro-me
de quando descíamos a ladeira correndo, das conferências noturnas, do nosso
grupo de investigação C.S.I., das brigas, dos risos por besteira, de tudo. Se
no sexo existe um clímax, na nossa relação também havia. Momentos de grande
prazer a quatro. Prazeres de amizade, de felicidade.
Joelma
continua loira e eu aqui, rindo sozinho ao lembrar dos tempos em que estive com
“Kathe-Tere-Kathe”. É melhor eu sair daqui e ir procurá-las. Tenho que
aproveitar enquanto elas estão aqui perto. Necessito ver um céu cheio de nuvens
alaranjadas. Do jeito que eu gosto.
Hugo Araújo
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