quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

AFINAL, COPA PRA QUEM? - 2° LUGAR

Larissa Costa

Brasil, um país bonito                                                                                              
Grande terra abençoada
Dum povo muito querido
E de gente animada,
Complicado é o Governo
Que só faz muita burrada

Todo mundo sabe bem
Das riquezas do Brasil
Somos privilegiados
Verde, amarelo e anil
Não sabemos é cuidar
Oh atitude imbecil!

Apesar de ser querido
Esse povo é atrasado
Não escolhe quem elege        
Vota em qualquer deputado
Sem pensar nas consequências
Do seu voto avoado

Tem gente que fecha os olhos
Mas eu deixo bem aberto
Pra saber o que acontece
Se tá bom e se tá certo
E não pode ver de longe
Tem que ver é bem perto


Já tem tempo que surgiu
Um problema infernal
Uma Copa que será
Nesse país tropical
Nunca vi a coisa assim
Num evento mundial     
         
Alguns ficaram felizes 
Se sentindo bem contentes
Com a festa grandiosa
Que reúne continentes
Perigando esquecer
Da agonia dos doentes

Quem dera fosse só isso  
O problema é bem maior
Fome, pobreza e miséria
Não disse que era pior!
Sem falar no absurdo
Que é o povo bocó 
                                                             
Além dos que já citei
Alguns mais têm pra falar
Não se pode esquecer
De um tudo observar
Famílias desabrigadas
Crianças sem estudar

Mas também existem outros
Que jamais se conformaram
Com a boca no trombone
Que muitos já protestaram
Debaixo de chuva e sol
Mesmo assim não se cansaram

No protesto eles diziam:
- Afinal Copa pra quem?
Quando  é por necessidade
Não se investe um vintém 
Já cansamos dessa história
Não enganam mais ninguém     
                                                                    
Há alguns anos atrás  
Foi que essa ideia surgiu
Partindo do tal governo
Essa Copa no Brasil
E só pra roubar dinheiro
É que a danada serviu 

Eu falo assim no passado 
Como se já aconteceu
Parte do investimento
Há muito que se perdeu
“Desviou-se” pra bem longe
Prum bolso que não é meu

Veja só isso, meu povo  
Mas que maldita enrascada
Que foram nos colocar
Gente mal intencionada
Com esses belos estádios
Fingem não faltar mais nada

Inventaram uns motivos
Justificando a parada
Que serve pra enganar
Só gente mal informada
Que por aqui está cheio 
Não minto, meu camarada

Falaram de melhorias
Mas não vi quase é nada 
Melhorias para quem?
A Copa é uma furada 
Não dá pra ver os problemas
E ficar sem fazer nada

E os problemas são muitos
Isso eu posso garantir
Não dá para esconder 
Temos é que admitir 
São tão claros como água 
Não tem como encobrir

Já são bilhões investidos 
Nada pra população
Falta tudo toda hora
Veja só a dimensão
Que adianta ter Copa
Sem saúde e educação?

Só se fala nessa Copa 
E das coisas que vêm junto
É difícil acreditar
Na fala desse conjunto
Por isso que não me iludo
E opino nesse assunto

Mesmo com tudo isso
Tem muita obra atrasada
Natal a “Noiva do Sol” 
Tá de ré, quase parada 
Inventou de entrar na onda
Já se vê aperreada

Quando falo de Natal 
Já me bate uma tristeza
O Estado e o município
A deixaram na pobreza 
A Rosa e a Borboleta
São culpadas com certeza

Inclusive a Borboleta 
Em uma pesquisa feita 
Conseguiu ser com louvor
A pior prefeita eleita 
Entre o povo de Natal
Nunca mais será aceita  
    
Isso me remete logo
A outra situação
Que é a dos professores  
Com as bandeiras na mão
Querem reconhecimento
Para a sua profissão          

Só que nunca são ouvidos
É desculpa sempre dada
Que não podem aumentar
“Esse aumento é uma bolada”
“Não poderemos arcar” “
Que seja a greve encerrada”          
 
Tem gente que tem orgulho
 E isso eu não gosto não
Quem já viu valorizar
A “antiga” Circo e Pão 
Se você não faz ideia 
Se informe, meu irmão 
 
De país do futebol
Nosso país é chamado   
Mas olha só que absurdo
Nisso ficar limitado
Melhor ficar conhecido
Como um país educado

Os estádios construídos
A Copa bem divulgada
Os ingressos supercaros 
Meia-entrada limitada
Afinal, Copa pra quem?
Pra todos ou pra “ricada”?

Precisamos entender
As nossas prioridades
Usar mal nosso dinheiro
É uma grande insanidade
Não podemos aplaudir
A essa barbaridade

Leitor, amigo meu, chegue
Mais perto, preste atenção
Não é que eu odeie a Copa
Não quero é corrupção
Dói ver meu povo sofrendo
Na má administração

Se entendeu o que falei
Veja bem essa lição
Não seja um abestalhado
Muito menos um bundão
Questione o que fazem
Não aceite, meu irmão

Em vez de sempre pensar
No seu próprio benefício
Veja mais ao seu redor
Cumpra bem o seu ofício 
Não se encante com tudo
Desapegue desse vício

Um cidadão abestado 
É o pior que se tem
Só os políticos gostam
O tratam como ninguém
Depois do seu voto dado
Vendido por um vintém 

E esse humilde cordel
Por aqui vou terminando
Sobre o que aqui falei
Que não fiquem viajando 
E pra quem não entendeu 
Melhor ir se informando.


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