E mais uma vez, todo mundo preparado
para mais um gabinete itinerante, todos “entusiasmados” para ter uma conversa
com aquele cara que vem uma vez ao ano. Como é o nome dele mesmo? Ah! Belquior?
Belchior? Bel...? Bel me lembra Chiclete com Banana: “Eu vou voar, atrás desse amor, vou encontrar seja aonde for”. Ah,
Chiclete acabou. Voltando. Esse evento é de grande importância para o Campus.
Alunos são liberados, funcionários
param as atividades, os corredores ficam vazios, e Carlos Magno (vulgo
Carlinhos faz tudo) já colocou todas as cadeiras no hall. Isso mesmo, no hall,
mas o número de cadeiras é em vão, já que a maioria dos alunos preferem ir para
casa. Auditório aqui só serve de almoxarifado. As obras foram paradas desde a
“inauguração” do Campus, e de auditório
só tem mesmo o nome na porta e um projeto de palco.
Mas não temos do que reclamar. Um
gabinete itinerante no hall é muito melhor do que no segundo palco de eventos
do IF - o refeitório, já que não somos sufocados pelo cheiro de comida e não
teremos futuros problemas auditivos devido àquela caixa gigante que mais parece
um paredão de racha de som.
Obras iniciadas, aquela esperança de
ter mais livros de qualidade numa biblioteca “top internacional”. Porém,
seguindo o mesmo caminho do auditório, temos essa biblioteca que, desde os
primórdios da nossa turma no IF, está sendo construída. Reza a lenda que é colocado
um tijolo por dia, e à noite são retirados dois.
Mas foi tudo pensado, no projeto foi
decidido que a biblioteca teria uma ilusão de ótica. Ao olhar de frente, ela
parece concluída, mas ao ver a lateral, percebemos que ainda está pela metade.
Um lembrete: se quiser ir ao banheiro, é bom você trazer o papel de casa, pois
puniram os alunos por quererem transformar o banheiro no estádio da Bomboneira,
causando o corte inesperado do papel, deixando quem está com dor de barriga no
desespero.
Mas nem tudo é tão mal. Nós temos o
maior viveiro de tilápia, e uma granja atrás da escola, que conta com várias
árvores frutíferas, como cajueiros, mangueiras e coqueiros, sem esquecer das
aves: o peru, a família de patos e as galinhas. Inclusive a mistura do almoço é
o couro dessas aves, é só o couro mesmo, porque de frango só tem o nome.
“Frango à passarinha”, olha que nome bonito! Mas assim que você corta o
primeiro pedaço descobre que deveria se chamar “Osso de frango à passarinha”,
ou até mesmo “Couro de frango à passarinha”.
Já que estamos falando em almoço, nos
tempos remotos do Campus nós podíamos
estudar mineração ou geologia durante a refeição, pois podíamos encontrar
diversos tipos de pedras, de tamanhos variados inclusive, dentro do feijão. Vai
que as pedras eram pra fortalecer ou dar o gosto no feijão, vai saber! Tivemos
até um aluno premiado, Thiago Pereira, que atingiu um recorde de 7 pedras
encontradas em uma única refeição! Isso deveria entrar para o livro dos
recordes.
A gente também pode contar com uma ótima
qualidade de sucos, como por exemplo a balinha de abacaxi, que é um nome dado
pelos alunos para o que deveria ser um suco, mas não passa de uma água com
corante e cheiro. Também podemos encontrar essa água em diversos sabores como
acerola, tamarindo, goiaba, entre outros. O único que ainda pode ser
considerado suco é o de manga, tem até consistência, acredite.
Porém, tem dias que os alunos
agradecem seus almoços grátis, nesses dias temos como mistura: lasanha, suflê
de verduras e estrogonofe de carne e frango. Nesses dias, os alunos que
enfrentam a fila quilométrica do almoço, as horas duras sentados no corredor,
falando da vida alheia, agradecem por um almoço de qualidade. Quer dizer, quase
isso.
Vivyanne Moura
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