
Todos nós sabemos como os jovens de hoje em dia são, com os hormônios a mil, loucos pra esconder o pau na barroca ou a barroca no pau. Hoje, as meninas estão bem mais oferecidas que os meninos.
- Ei, vamos brincar?
- Brincar de quê, de carrinho?
- Não. De uma coisa mais legal.
- O que então?
- Sei lá... De papai e mamãe
talvez...
- Então se sabe, por que não vem me dar?
Mole!
Sandrinha era umas dessas meninas,
atiradas... Além disso, só porque estudava no IF achava-se entres as amigas a
última Coca cola do deserto, a última bolacha do pacote, a bunda mais desejada
do Campus de São Gonçalo do Amarante. Certo dia estava em sua casa, sem
fazer nada, decidiu comprar bebidas e chamou dois amigos, Bio e Eurico, que
estudavam no IF.
- Ah! Até
que enfim vocês chegaram. Agora quero que meu dia seja mais alegre! Me
surpreendam.
Eurico, vendo que Sandrinha já estava
tonta por causa da bebida, inquiriu:
-Então posso lhe propor um desafio?
-Fale, dependendo do que seja, posso
até aceitar.
-Tem coragem de cantar no meu
microfone?
- Humm, safadinho, mas eu sempre quis
fazer isso, só estava esperando uma oportunidade para ingressar na carreira.
- Mas se for pra cantar no microfone
dele, tem que cantar no meu também - disse Bio.
- Hanram.... hunruu... nos dois? Assim vocês querem que eu vá é para a final
do The Voice! Mas vamos lá, tudo bem.
Adooooro...
- Nossa, você canta bem Sandrinha! –
disse Eurico.
-Sei... Só tenha cuidado pra sua
fonte não jorrar na minha garganta!
-Pode deixar, Sandrinha, vou apenas
te banhar.
Dias depois no IF, o boato se
espalhara mais rápido que pavio de bomba, voava pelos corredores mais rápido do
que águias. Quase todos já estavam sabendo do ocorrido. E o que se escutava por
todos os cantos da escola era:
- Buk-Buk!
Na cantina da escola:
- Buk!
No refeitório:
- Buk-Buk!
Nos degraus de acesso ao hall:
- Buk!
Na parada do busão:
- Buk-Buk!
Nas dependências do Campus, só
se ouvia esse mantra. Bio e Eurico terminaram mudando a identidade da pobre
cantora. Sandrinha, ou melhor, Buk-Buk, cansada daquele apelido, tranca sua
matrícula no IFRN de São Gonçalo.
Ela estava decidida a mudar de vida,
deixou o curso de que tanto se orgulhava, entre suas coleguinhas e familiares.
- Mulher, você vai deixar uma escola
tão boa como essa?
- Vou. Não aguento mais... Vou tentar
uma vaga no novo Campus, que abriu em Ponta Negra.
- Sério? E o que você pretende cursar
lá?
- Ora, Informática ou Redes, porque
aí sim poderei fazer o que eu sei de melhor.
- E o que é?
- Fazer Programa.
Mal sabia ela que a Roberto Freire já
estava com uma concorrência altíssima...
Victor
Mello
Thiago Pereira
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