Isso só nos primeiros meses.
Depois o casal começa a querer um tempo só, a querer espaço e, daí, surgem as
brigas, os ciúmes. Ah, os ciúmes... a
parte mais complicada de um relacionamento. A cabeça pensa até o que não quer,
tudo é motivo para uma nova discussão.
Deveríamos classificar o ciúme
como uma doença. O negócio é sério, principalmente nas mulheres. Elas imaginam
até o inimaginável. Criam histórias, tiram suas próprias conclusões e depois
não nos deixam explicar o que realmente aconteceu. E, quando deixam, fingem que
acreditam na gente, mas ainda continuam com suas paranoias na cabeça.
Já o homem, quando sente ciúmes,
não demonstra. Faz birra, fica de cara feia. Como uma criança que não quer
dividir o brinquedo. Gosta de ser bajulado, de receber carinho até se sentir
bem de novo.
Uma vez presenciei uma cena
de ciúmes na rua. A mulher reclamava histericamente com o rapaz. Acusava-o de traição,
pois o teria visto saindo de uma loja com outra mulher. E, como já era de se
esperar, ela não acreditou.
Achei uma cena forte. A moça
parecia mais um leão prestes a atacar a pobre gazela, que era o rapaz. Ciúme
deveria mesmo ser classificado como uma doença. Mas uma doença com fases, pois
acho que nem todo ciúme é obsessivo e escandaloso como o da moça. Existe o
ciúme que é apenas cuidado ou medo de perder a pessoa amada. É um ciúme mais
calmo. O que não deixa a raiva subir à cabeça e dar a oportunidade ao outro de
se explicar antes de qualquer conclusão. Esse tipo é raro nas mulheres.
Apesar de complicado, o ciúme
é normal no amor. Obsessivo ou não, no fundo, o parceiro está sempre querendo
demonstrar o carinho que sente pelo outro.
Monaliza Freire
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