quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Ciúmes

Início de namoro é tudo muito bom. Beijos quentes e abraços apertados. É tudo tão doce quanto mel.
Isso só nos primeiros meses. Depois o casal começa a querer um tempo só, a querer espaço e, daí, surgem as brigas, os ciúmes. Ah, os ciúmes...  a parte mais complicada de um relacionamento. A cabeça pensa até o que não quer, tudo é motivo para uma nova discussão.
Deveríamos classificar o ciúme como uma doença. O negócio é sério, principalmente nas mulheres. Elas imaginam até o inimaginável. Criam histórias, tiram suas próprias conclusões e depois não nos deixam explicar o que realmente aconteceu. E, quando deixam, fingem que acreditam na gente, mas ainda continuam com suas paranoias na cabeça.
Já o homem, quando sente ciúmes, não demonstra. Faz birra, fica de cara feia. Como uma criança que não quer dividir o brinquedo. Gosta de ser bajulado, de receber carinho até se sentir bem de novo.
Uma vez presenciei uma cena de ciúmes na rua. A mulher reclamava histericamente com o rapaz. Acusava-o de traição, pois o teria visto saindo de uma loja com outra mulher. E, como já era de se esperar, ela não acreditou.
Achei uma cena forte. A moça parecia mais um leão prestes a atacar a pobre gazela, que era o rapaz. Ciúme deveria mesmo ser classificado como uma doença. Mas uma doença com fases, pois acho que nem todo ciúme é obsessivo e escandaloso como o da moça. Existe o ciúme que é apenas cuidado ou medo de perder a pessoa amada. É um ciúme mais calmo. O que não deixa a raiva subir à cabeça e dar a oportunidade ao outro de se explicar antes de qualquer conclusão. Esse tipo é raro nas mulheres.
Apesar de complicado, o ciúme é normal no amor. Obsessivo ou não, no fundo, o parceiro está sempre querendo demonstrar o carinho que sente pelo outro.

Monaliza Freire 

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