Igor Barbosa
Se
és um cabra de pêia
Gosta
de todos mangar
Contarei
uma história
Você
vai até chorar
Que
ocorreu há muito tempo
Mas
vale a pena contar
Esse
home vai saber
Do
que eu estou falando:
O
Francisco Zé Batista,
Estava
a todos matando
Leia
logo este cordel
Que
logo vou te contando:
Numa
pequena cidade
Do
Agreste potiguar
Conhecida
como Songa
Onde
é o meu lugar
Foi
palco de uma tragédia
Um
caso de arrepiar
Onde
tudo aconteceu
Foi
no bairro da cidade
Com
nome de santo Antônio
Um
jovem, com pouca idade
Um
rapaz muito maluco
Que
matou sem piedade
A
chacina aconteceu
Mais
de dez anos atrás
Foi
um grande fuzuê
Envolvendo
esse rapaz
Em
São Gonçalo matou
Só
que isso não se faz.
E
contando essa história
Como
tudo aconteceu
Iremos
lá pro início
Onde
tudo sucedeu
Vou
falar de quando ele
Para
a gente apareceu
Quando
ele era criança
Problema
não tinha não
Falava
com todo mundo,
Respeitando
opinião,
E
todos assim se amavam
Do
fundo do coração.
O problema aconteceu
Lá na sua adolescência
Quando começou andar
Com umas más influências
Ele começou a ter
Mais de uma preferência
E
isso quem me contou
Foi
meu compadre Fernando
Que
ele andava por aí
Com
os machos passeando
De
dia ele era machão
De
noite saía dando
Mas
veja quanta maldade
Desse
povo potiguar
Que
me contaram as coisas
Me
contaram sem pensar,
Dessas
coisas eu não gosto,
Mas
pediram pra falar:
Sua
mulher o pegou
Com
um homem lhe comendo
Na
cama de sua tia
Gritando
alto e gemendo
Ela
logo se espantou
E
dali saiu correndo
Quando
ela viu essa cena
Ligeiro
foi espalhar
Todo
canto da cidade
Fez
a questão de contar
E
todos, daquele cara,
Começaram
a mangar
Ele
então saiu pra rua
Sem
nada disso saber,
Que
a mulher já tinha visto
Outro
homem lhe comer.
Quando
o viu, seu Chico Tripa
Correndo
foi lhe dizer:
-
A Gracinha, tua esposa
Tá
fazendo gozação
Pondo
teu nome na praça
Causando
uma confusão,
Tá
dizendo é que você
Não
gosta de mulher não.
-
Eu não acredito nisso
Que
tu estás me contando;
Se
falas daquele dia
Que
o cara tava ajudando,
A
eu consertar a cama,
Acredite,
foi engano.
Mais
adiante ele encontrou
Um
conhecido mudinho
Que
com a mão fez um gesto
Imitando
um canequinho
E
Chico teve vontade
De
quebrar o seu focinho
“Esse
cara tá mangando?
Ou
está só a brincar?”
A
solução que tomou
Foi
a ele ignorar.
Foi
passando a vontade
Daquele
mudo matar
A
galera do barzinho
Também
com ele mexeu.
E
até a sua sogra
Falava
que ele deu
Na
cama de sua filha
Pro
amigo Jubileu
E
logo com tudo isso
Ele
se enfureceu
E
um pensamento maligno
Na
cabeça apareceu
Queria
passar por cima
Das
cabeças, “cum” pneu.
E
depois de muito tempo
De
zoarem o amigão
Decidiu
botar em jogo
O
plano que tinha em mão:
“Eu
vou matar todos esses
Que
ficam de falação.”
“Mas
tenho que ser prudente
Escolher
quem vou matar.
Começarei
pelo mudo
Que
ficava a caçoar
O
matarei logo cedo
Quando
o dia clarear”
E
assim aconteceu:
Saiu
a sua procura
E
então ele o achou
Nos
campos da agricultura
Em
seu rosto atirou,
Despachando
a criatura.
Com
o mudo eliminado
Era
a vez da faladeira
Pegou
Ana, sua sogra,
Na
Rua da Costureira
Trinta
tiros disparou,
O
sangue fez cachoeira.
Então
para aproveitar
A
esposa ele matou
Foi ela que tudo isso
Rapidamente
espalhou
E
também o pobre sogro
Foi
lá e assassinou.
E
uma das quinze mortes
Que
mais me chama atenção
Foi
do meu amigo Fred,
Que
se achava o garanhão,
Pois
ele falou pra Chico
Somente
a opinião:
-Tu
pode até me matar
Mas
eu de uma coisa sei
Que
a minha retaguarda
Pra
ninguém eu liberei
E
assim muito orgulhoso
Para
o céu eu subirei.
-
Eu não quero discutir
Com
pessoa igual a tu
Tou
cansado de dizer
Que
ninguém comeu meu cu
Eu
irei te dar um tiro
Pra
quebrar esse tabu.
Teve
um caminhoneiro
Que
ele matou enganado
Pois
achou que o seu filho
O
tal tinha atropelado
Sua
vida foi ceifada
Oh!
Mas que pobre coitado!
Quando
saiu no jornal
A
polícia já sabendo,
Se
ele não se cuidasse
Ia
acabar lhe prendendo,
Deu
um tiro na cabeça
E
ligeiro foi morrendo
Olhem
só pra tudo isso
Pra
tudo que aconteceu
O
chamado Zé Batista
Agora
já faleceu
Por conta de uma fofoca
O
juízo ele perdeu
E
sem falar das pessoas
Que
aqui não mais estão
Pois
foi ele que matou
Sem
nenhuma compaixão
É
culpado ou inocente
Esse
ser anticristão?
Então
concluo esses versos
Com
ardor no coração
Peço
pra todos rezarem
Pelos
que aqui não estão
Rezem
até pelo nosso
Assassino
valentão.
Gosta
de todos mangar
Contarei
uma história
Você
vai até chorar
Que
ocorreu há muito tempo
Mas
vale a pena contar
Esse
home vai saber
Do
que eu estou falando:
O
Francisco Zé Batista,
Estava
a todos matando
Leia
logo este cordel
Que
logo vou te contando:
Numa
pequena cidade
Do
Agreste potiguar
Conhecida
como Songa
Onde
é o meu lugar
Foi
palco de uma tragédia
Um
caso de arrepiar
Onde
tudo aconteceu
Foi
no bairro da cidade
Com
nome de santo Antônio
Um
jovem, com pouca idade
Um
rapaz muito maluco
Que
matou sem piedade
A
chacina aconteceu
Mais
de dez anos atrás
Foi
um grande fuzuê
Envolvendo
esse rapaz
Em
São Gonçalo matou
Só
que isso não se faz.
E
contando essa história
Como
tudo aconteceu
Iremos
lá pro início
Onde
tudo sucedeu
Vou
falar de quando ele
Para
a gente apareceu
Quando
ele era criança
Problema
não tinha não
Falava
com todo mundo,
Respeitando
opinião,
E
todos assim se amavam
Do
fundo do coração.
O problema aconteceu
Lá na sua adolescência
Quando começou andar
Com umas más influências
Ele começou a ter
Mais de uma preferência
E
isso quem me contou
Foi
meu compadre Fernando
Que
ele andava por aí
Com
os machos passeando
De
dia ele era machão
De
noite saía dando
Mas
veja quanta maldade
Desse
povo potiguar
Que
me contaram as coisas
Me
contaram sem pensar,
Dessas
coisas eu não gosto,
Mas
pediram pra falar:
Sua
mulher o pegou
Com
um homem lhe comendo
Na
cama de sua tia
Gritando
alto e gemendo
Ela
logo se espantou
E
dali saiu correndo
Quando
ela viu essa cena
Ligeiro
foi espalhar
Todo
canto da cidade
Fez
a questão de contar
E
todos, daquele cara,
Começaram
a mangar
Ele
então saiu pra rua
Sem
nada disso saber,
Que
a mulher já tinha visto
Outro
homem lhe comer.
Quando
o viu, seu Chico Tripa
Correndo
foi lhe dizer:
-
A Gracinha, tua esposa
Tá
fazendo gozação
Pondo
teu nome na praça
Causando
uma confusão,
Tá
dizendo é que você
Não
gosta de mulher não.
-
Eu não acredito nisso
Que
tu estás me contando;
Se
falas daquele dia
Que
o cara tava ajudando,
A
eu consertar a cama,
Acredite,
foi engano.
Mais
adiante ele encontrou
Um
conhecido mudinho
Que
com a mão fez um gesto
Imitando
um canequinho
E
Chico teve vontade
De
quebrar o seu focinho
“Esse
cara tá mangando?
Ou
está só a brincar?”
A
solução que tomou
Foi
a ele ignorar.
Foi
passando a vontade
Daquele
mudo matar
A
galera do barzinho
Também
com ele mexeu.
E
até a sua sogra
Falava
que ele deu
Na
cama de sua filha
Pro
amigo Jubileu
E
logo com tudo isso
Ele
se enfureceu
E
um pensamento maligno
Na
cabeça apareceu
Queria
passar por cima
Das
cabeças, “cum” pneu.
E
depois de muito tempo
De
zoarem o amigão
Decidiu
botar em jogo
O
plano que tinha em mão:
“Eu
vou matar todos esses
Que
ficam de falação.”
“Mas
tenho que ser prudente
Escolher
quem vou matar.
Começarei
pelo mudo
Que
ficava a caçoar
O
matarei logo cedo
Quando
o dia clarear”
E
assim aconteceu:
Saiu
a sua procura
E
então ele o achou
Nos
campos da agricultura
Em
seu rosto atirou,
Despachando
a criatura.
Com
o mudo eliminado
Era
a vez da faladeira
Pegou
Ana, sua sogra,
Na
Rua da Costureira
Trinta
tiros disparou,
O
sangue fez cachoeira.
Então
para aproveitar
A
esposa ele matou
Foi ela que tudo isso
Rapidamente
espalhou
E
também o pobre sogro
Foi
lá e assassinou.
E
uma das quinze mortes
Que
mais me chama atenção
Foi
do meu amigo Fred,
Que
se achava o garanhão,
Pois
ele falou pra Chico
Somente
a opinião:
-Tu
pode até me matar
Mas
eu de uma coisa sei
Que
a minha retaguarda
Pra
ninguém eu liberei
E
assim muito orgulhoso
Para
o céu eu subirei.
-
Eu não quero discutir
Com
pessoa igual a tu
Tou
cansado de dizer
Que
ninguém comeu meu cu
Eu
irei te dar um tiro
Pra
quebrar esse tabu.
Teve
um caminhoneiro
Que
ele matou enganado
Pois
achou que o seu filho
O
tal tinha atropelado
Sua
vida foi ceifada
Oh!
Mas que pobre coitado!
Quando
saiu no jornal
A
polícia já sabendo,
Se
ele não se cuidasse
Ia
acabar lhe prendendo,
Deu
um tiro na cabeça
E
ligeiro foi morrendo
Olhem
só pra tudo isso
Pra
tudo que aconteceu
O
chamado Zé Batista
Agora
já faleceu
Por conta de uma fofoca
O
juízo ele perdeu
E
sem falar das pessoas
Que
aqui não mais estão
Pois
foi ele que matou
Sem
nenhuma compaixão
É
culpado ou inocente
Esse
ser anticristão?
Então
concluo esses versos
Com
ardor no coração
Peço
pra todos rezarem
Pelos
que aqui não estão
Rezem
até pelo nosso
Assassino
valentão.
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