segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Sociedade volúvel

Em época de eleição é comum vermos as pessoas nos mais diversos lugares defenderem o seu partido político preferido (isso mesmo! as pessoas têm um partido preferido). Defendem com tanta garra, que parecem até uma leoa defendendo a sua cria do perigo eminente. Porém, a pergunta que gera intriga é: tais políticos merecem tanto amor e entrega?
Tamanha entrega talvez possa ser explicada por um cargo comissionado aqui, outro ali. Eu, particularmente,  não sacrifico tais pessoas por defenderem o seu trabalho. Elas são quase obrigadas. Mas, se continuarmos pensando individualmente, nunca conseguiremos obter um país justo e igualitário para todos.
Durante o período eleitoral, podemos encontrar diversos tipos de eleitores: existem aqueles que resolvem "ligar" o foda-se para todos e saem espalhando que não se importam e não gostam de política; os esquerdistas,  que defendem um sistema completamente utópico; os analfabetos políticos (maior parte da população) - para estes, uma prótese dentária  é o suficiente para que o seu voto seja depositado em qualquer candidato; e não podemos esquecer dos de direita, que, nesse exato momento, estão quebrando a cabeça para saber  qual carro irão comprar na próxima semana - eles são, de longe, os eleitores mais egoístas.
Certo dia, quando peguei o alternativo com os meus amigos, ouvi o cobrador falar que não votaria na candidata à presidência Dilma Rousseff (até então era apenas uma candidata) pelo simples fato de achá-la feia e mentirosa. Oi? Cadê o senso dessa pessoa? Como alguém pode escolher o seu candidato por questões estéticas? Quando o ouvi falar isso, já descobri o motivo pelo qual ele havia se tornado cobrador de alternativos. Isso explica o fato de o queridinho das estrelas conseguir sempre se eleger em todas as campanhas nas quais ele concorre. Na maioria das vezes, seus eleitores são mulheres que estão “piscando” e não  conseguem controlar o fogo ao verem um macho. Para elas, só deixo um recadinho bem breve: ele só gosta de famosinhas.
Como se não bastasse o cobrador, eu ainda tive que aguentar uma senhora que, segundo ela, era professora de Língua Portuguesa. Depois do que ela falou, a sua profissão já não fazia mais sentido. Ela  apresentou um argumento ainda mais pífio que o do cobrador. Palavras ditas por ela: “Não voto na Dilma porque ela matou crianças no período da ditadura militar”. Nesse momento, fiquei sem reação e procurei me recompor. Nunca vi uma pessoa falar tanta asneira como essa mulher, isso só serviu para provar a sua falta de conhecimento.  A candidata citada por ela como uma assassina havia sido perseguida durante a ditadura, isso era um fato  verídico.
No final de toda a campanha, eu continuo como sempre, com os mesmos questionamentos: Quem se importa se existem várias pessoas morrendo nos corredores de um hospital? Quem se importa com as escolas caindo aos pedaços? Quem se importa com as crianças entrando no mundo das drogas? Afinal, quem se importa conosco? 

André Luiz 

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