
Tamanha
entrega talvez possa ser explicada por um cargo comissionado aqui, outro ali.
Eu, particularmente, não sacrifico tais
pessoas por defenderem o seu trabalho. Elas são quase obrigadas. Mas, se
continuarmos pensando individualmente, nunca conseguiremos obter um país justo
e igualitário para todos.
Durante
o período eleitoral, podemos encontrar diversos tipos de eleitores: existem
aqueles que resolvem "ligar" o foda-se para todos e saem espalhando
que não se importam e não gostam de política; os esquerdistas, que defendem um sistema completamente
utópico; os analfabetos políticos (maior parte da população) - para estes, uma
prótese dentária é o suficiente para que
o seu voto seja depositado em qualquer candidato; e não podemos esquecer dos de
direita, que, nesse exato momento, estão quebrando a cabeça para saber qual carro irão comprar na próxima semana - eles
são, de longe, os eleitores mais egoístas.
Certo
dia, quando peguei o alternativo com os meus amigos, ouvi o cobrador falar que
não votaria na candidata à presidência Dilma Rousseff (até então era apenas uma
candidata) pelo simples fato de achá-la feia e mentirosa. Oi? Cadê o senso
dessa pessoa? Como alguém pode escolher o seu
candidato por questões estéticas? Quando o ouvi falar isso, já descobri o motivo
pelo qual ele havia se tornado cobrador de alternativos. Isso explica o fato de
o queridinho das estrelas conseguir sempre se eleger em todas as campanhas nas
quais ele concorre. Na maioria das vezes, seus
eleitores são mulheres que estão “piscando” e não conseguem controlar o fogo ao verem um macho.
Para elas, só deixo um recadinho bem breve: ele só gosta de famosinhas.
Como
se não bastasse o cobrador, eu ainda tive que aguentar uma senhora que, segundo
ela, era professora de Língua Portuguesa. Depois do que ela falou, a sua
profissão já não fazia mais sentido. Ela
apresentou um argumento ainda mais pífio que o do cobrador. Palavras
ditas por ela: “Não voto na Dilma porque ela matou crianças no período da
ditadura militar”. Nesse momento, fiquei sem reação e procurei me recompor.
Nunca vi uma pessoa falar tanta asneira como essa mulher, isso só serviu para
provar a sua falta de conhecimento. A
candidata citada por ela como uma assassina havia sido perseguida durante a
ditadura, isso era um fato verídico.
No
final de toda a campanha, eu continuo como sempre, com os mesmos questionamentos:
Quem se importa se existem várias pessoas morrendo nos corredores de um
hospital? Quem se importa com as escolas caindo aos pedaços? Quem se importa
com as crianças entrando no mundo das drogas? Afinal, quem se importa conosco?
André Luiz
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