
Meu primeiro amor foi o mais decepcionante,
pois me senti um objeto sexual que, depois de utilizado, fui descartado no
lixo. Foi horrível. Era como se mil facas tivessem entrado no meu peito.
Inexperiente, fiquei muito tempo isolado. Todo dia eu chorava, lágrimas de
desespero saíam dos meus olhos. Lágrimas de desilusão. Lágrimas de ódio. Mas os
desencantos do amor são com uma tempestade que o tempo e o vento convidam a se
retirar.
Aos meus 17 anos, conheci uma garota chamada
Andréia. Ela era linda e tinha tudo e todos aos seus pés. Sempre fui apaixonado
por ela, mas nunca tive coragem de chamá-la para sair, mesmo meu coração
ordenando que eu o fizesse. Meu amigo, Pedro Rafael, nos apresentou. Fiquei sem
saber o que falar. Nunca tinha ficado com ela assim tão de pertinho. Andréia
tomou atitude e me cumprimentou beijando no rosto. Foi muito educada. Meu
coração, nesse momento, estava pulando de alegria. À medida que o tempo foi passando, fui me apaixonando por
ela. Estava mais do que na hora de pedi-la em namoro. Numa noite de terça-feira,
fui até a casa dela pedir aos seus pais permissão para namorá-la. Estava com as
alianças de compromisso que tinha comprado com minhas economias. Cheguei à casa
dela e bati à porta.
A porta se abriu, e lá estava ela, linda como
sempre. Rapidamente, tratei de me ajoelhar e a pedi em namoro. Ela ficou
paralisada. Depois se recompôs e, com um olhar estranho, como se não quisesse
me magoar, disse que não queria namorar comigo, pois o lance entre nós era
apenas aventura. Isso foi decepcionante, meu coração ficou deteriorado durante
muito tempo. Realmente, uma desilusão amorosa é como uma explosão nuclear que
destrói tudo o que vem pela frente. Tenho uma grande facilidade de criar amores
platônicos. Quando menos espero, já estou me envolvendo. Não consigo resistir.
O amor sempre me chama com um novo atrativo. Bobo, sempre caio e acabo
sofrendo. Por essas desilusões, não vou cair, como antes nas armadilhas que o
amor prepara para mim. Não quero mais sofrer.
Alisson Gomes
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