
Há dias em que, ao entrar na
sala do Grêmio, voltamos ao passado, como se estivéssemos vivenciando algumas cenas de uma das obras de
Jorge Amado, em pleno Bataclan. Mas tenho que admitir, lá ainda era mais
organizado. Jorge Amado não conseguiria imaginar bordel tão mais bagunçado do
que o nosso Grêmio. Gabriela seria uma obra cheia de promessas e poucas
realizações. Seria uma obra falha.
Imprimir algo parece uma atividade
muito simples, ou seja, se existem folha e tinta, está tudo “OK”. Porém, é uma
das atividades mais complexas, só não é pior do que falar com os proprietários
do cabaré, que, diga-se de passagem, muitas vezes não se encontram no local.
Acredite, trata-se do nosso Grêmio Estudantil, imagine só... Se constantemente
é assim, com breves pausas para descanso (afinal nenhum cabaré é aberto o dia
todo), como serão as reuniões?! Uma
verdadeira briga pelo chuveiro, uma lavagem de roupa. Deve ser como a briga de
Zarolha e Mara (uma quenga qualquer) por conta do proprietário do bar Vesúvio -
o turco Nacib. Ou não, o que acontece dentro do
estabelecimento quando está de portas fechadas permanece lá.
Caros leitores, não sejam
persuadidos por frases como: “Nós não ganhamos nada, e ainda temos que escutar
críticas da nossa gestão”. O papel do Grêmio é exatamente esse, de resolver os
nossos problemas e de escutar os estudantes, senão atuará somente de fachada.
Exalta-se muito nos corredores do IFRN-SGA que o Grêmio já fez muito pelo nosso
campus , principalmente quando a pergunta
é o que ele fez por nós. A primeira resposta certamente é a recarga do RNCARD
(mas não tem mais recarga), a segunda resposta seria o fardamento, porém esse
fardamento ficou pior e nem bordado direito é. Acredita-se que os remendos
feitos à mão, no figurino das “donzelas” do Bataclan, eram melhores que essa
obra-prima que chamam de fardamento. Uma verdadeira obra de arte, mal compreendida,
mas sem dúvida inovadora (tanto que não sabemos nem de que lado vestir).
Afinal, em que os estudantes se beneficiaram? Em nada! Essa ladainha já é
antiga, grandes autores já mostraram antes. Esse cabaré não é o primeiro, nem
será o último. Os figurinos serão trocados, os proprietários e frequentadores
também. Mas teremos os mesmos espetáculos monótonos encontrados há anos dentro
desses prostíbulos.
Enfim, um dia as luzes se apagarão.
As máscaras cairão. E o cabaré estará fechado, pelo menos até abrir outro.
Frank Laércio
janeiro de 2015
janeiro de 2015
Parabéns, Frank. Ficou ótima!
ResponderExcluirMelhor cabaré federal.
ResponderExcluirFicou simplesmente foda.
ResponderExcluirTexto excelente!
ResponderExcluirVocê merece o Tocantins !
ExcluirTexto excelente!²
Adorei a crônica, Frank! Tenho certeza que se pedisse o relato de outros alunos encontraria muito mais experiências desagradáveis no cabaré.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirParabéns Pelo Texto, Frank Laércio, tomei conhecimento do seu texto através de um amigo de sala. Sou a favor da liberdade de expressão e de opinião, seja ela cômica, formal até mesmo informal. O fato é levar a informação, ao público, informação essa que deve ser respeitada. No seu caso a critica ao Grêmio do IFRN SGA, é importante pois muitos alunos tem a visão crítica em diversas áreas da sociedade até mesmo do nosso grêmio e não encontra uma comunicação aberta para leva-la e questiona-la sobre diversos assuntos.
ResponderExcluirA visão critica e a liberdade de expressão deve ser mantida e ser aceita de forma amigável, pois chamamos isso de Democracia, a pesar de desagradar muitos. Como você tenho N's criticas não só do IFRN SGA mais em outras áreas do nosso campus e da sociedade em si. Parabéns pela sua posição e pela sua postura mediante aos fatos que ocorrem ao Grêmio agora conhecido como "Cabaré"
ATT
Antonio Carlos P. da S. - Aluno de Comunicação Social - Estácio - Aluno de Redes de Computadores - IFRN SGA