
Acho que as pessoas, em matéria de amor, são
uns patéticos profissionais. Não amam, dizem que amam. Acreditam na teoria de
que três palavrinhas mágicas valem mais do que se pensa. Não, meu querido,
deixo as palavrinhas mágicas pra alfabetização, ensino fundamental.
Amor
não é para qualquer um, não é algo que a gente nasce sabendo, nem uma matéria
decoreba.
Amor
é um sentimento que te consome e te torna alguém melhor. Não o que você lê na
revista Capricho.
O
amor é corrosivo. É como uma doença degenerativa, mata por dentro, e por fora.
Amar não é estar, amar é ser. Porque estar é
momentâneo, e ser é permanente. Amor é aquele “Já tá vindo?” da sua mãe, ou o
“Vem comigo?” da sua namorada. O que fica depois de um beijo demorado. O
sorriso depois de uma troca de olhares. E o pedido de desculpas, mesmo estando
certo. Isso é amor. É dar sem receber nada em troca. E a certeza de que no fim
do dia você vai ter para onde voltar.
O coração de quem se ama é o mais bonito dos
lares. Quem ama, fica depois de uma briga, mas quem pede um tempo ainda não tem
certeza. Quando ele solta uma gargalhada na sua frente, sem medo de parecer
ridículo, expressa através dos sorrisos, a alegria de te amar. As lágrimas que
você deixa cair no momento em que o abraça e, em sussurros, diz que não quer
deixá-lo partir, são como uma cachoeira, lavando sua alma de amor.
Amar é a saudade boa que fica depois do boa
noite. A escola de samba eufórica que se apresenta nas avenidas de cada átrio.
Quando você encontrar alguém que não te
preencha, e sim te transborde, segure. Se prenda a esse alguém.
Quando você encontrar alguém que transforme
todas as suas dúvidas em certeza, alguém que te faça querer ir adiante no amor,
desconsidere tudo o que você acha que sabe sobre amar.
O
amor não precisa de manual de instruções.
Maria
Rita
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