
Naquele dia, o IF se encheu de
luz novamente. Era como se um poeta, que passou vários meses sem escrever,
tivesse encontrado uma musa para ser o tema de seus versos. Foi revigorante
para os professores e um alimento para os corações dos veteranos amargurados.
Nos sentíamos como gurus da escola. Falávamos com autoridade sobre os mestres e
o comportamento deles em sala. Como, por exemplo, o tão famoso professor de
Português e seus benditos cordéis. Reclamávamos dos defeitos de cada canto
desse lugar. A cantina saudável, instalada meses atrás, era o foco de toda a
reclamação. Também dos sábados letivos, da biblioteca que nunca inaugura e da
pouca vida social que nos resta depois que nossa jornada no IF é iniciada. Sem
esquecer, é claro, da distância quilométrica entre o prédio principal e a
quadra.
Os dias, as semanas e os meses
se passaram. A cada momento os novatos se tornaram mais parecidos com os
antigos discentes. Jogados pelos corredores, com as agendas cheias de trabalhos/seminários/provas,
os calouros perdiam o brilho de outrora e estavam cansados como os veteranos. O
peso das notas aumentou e, com ele, a agonia e a angústia tomaram conta dos
corações e dos boletins. E, no fim do primeiro ano letivo, os velhos esperavam
ansiosamente para sugar um pouco da felicidade e magia que vem com os aprovados
no novo exame de seleção: 2016.1.
Caroline Beatriz
Elvis Henrique
Lorena Beatriz
Ohanna Dezidério
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