terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Relatos de uma desesperada



Ultimamente me pego observando muito as coisas cotidianas e vasculhando o meu passado. Parece ser fácil, mas não é, principalmente em se tratando de tirar boas notas em Português. Nunca achei Português um bicho de sete cabeças, mas isso até entrar no IFRN. É desesperador quando se precisa tirar boas notas, principalmente quando você não sabe como “estudar”. Agora imagina o desespero que é tentar tirar boas notas quando não se sabe estudar e é aluno de Milson Santos. Preciso fazer uma crônica no estilo de Rubem Alves. Reflexão é o que não falta na minha vida, porém minha vida não é emocionante e nada ao meu redor é interessante o suficiente para ser lido ou ter destaque em um site qualquer. Me encontro em desespero, sem saber o que escrever. Preciso impressionar o meu professor, mas minha mente se enche de um vazio imenso e meus olhos estão cegos em relação à realidade que me cerca. Particularmente me animei ao saber que deveria criar uma crônica. Pensei em falar sobre muitas coisas, inclusive sobre o bebedouro horrível do instituto. Mas a crônica precisa ser no estilo de Rubem. O que falar sobre o bebedouro? “Fonte de água pura de nossas vidas, saciando nossa sede, independente das horas que se deve passar bebendo 1 mililitro de água e dos insetos que ali jazem”? Pensei em falar sobre o meu passado também. Mas realmente não vale a pena, e a única reflexão que fica dele sobre o que eu ia redigir é: nunca namore um cu de cana. Mas o que eu queria mesmo era enfiar o professor Milson na minha crônica. Não sei por que, mas queria.... Vai que garanto uns décimos a mais, né?! Realmente não sei o que escrever. Já tentei refletir sobre tudo, mas nada me atrai. Religião? Não. Namoro? Pior ainda. Amor? Clichê demais. Noticiários? Sem chance. Complicado. Pensando bem, observando minha vida e meu cotidiano, posso concluir que não sou uma boa pessoa e que todos ao meu redor são cruéis. Mas e o assunto, cadê?! Eu esperava mais de mim no quesito criatividade. Já fui uma decepção em criar cordel. No conto, nem tanto, mas eu esperava dar a volta por cima na crônica. E agora ainda me encontro sem assunto para tratar sobre isso. Que decepção.... Enquanto vou pensando em um assunto, vou escrevendo. Não é nada extraordinário e nem mesmo melhor que as outras coisas que pensei, mas ao menos consegui encaixar o meu professor aqui, mesmo sem motivos.

Tays Maria - dezembro/2015

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