
Vamos começar de trás pra
frente. Primeiro falarei de um local, que foi feito recentemente, e que é
denominado de “bosque”. Quando pensamos nesse nome e tentamos associá-lo a um
local, imaginamos um espaço cheio de árvores, grama e muita gente se
divertindo. Tudo bem, meus parabéns para o pessoal que teve essa ideia. Na
teoria funciona. Na prática, meus amigos, não é bem isso que acontece. A
maioria dos estudantes vai pra lá com outros intuitos (se é que me entende).
Queria eu que o problema
fosse só esse. As coisas não param por aí. Temos que nos acostumar a acordar
cedo, muitas vezes contra a nossa vontade. Depois de acordarmos, temos que
enfrentar um longo trajeto que, ao término do dia, resulta em muito cansaço.
Qual a escola que obriga os
alunos a chegar às 7 h e, em alguns casos, a ficar até 9 h da noite? Isso não
existe em nenhum lugar (só nos institutos federais).
Como somos forçados a
permanecer ali, somos pessoas normais, temos que nos alimentar. Queria eu que a
comida fosse, no mínimo, boa. Na cantina do Instituto, a comida, sinceramente,
não presta. Ali são encontrados salgados frios que, muitas vezes, causam um
desconforto imenso. Sem falar do atendimento, que não é lá essas coisas. Muitas
vezes a demora do atendimento compromete nossas aulas, fazendo com que percamos
alguns assuntos. Tudo bem, muitos podem achar que a fome é mais importante.
Certo, concordo. O ensino médio pode esperar, mas nossa fome não.
Alguns alunos também optam
por se alimentarem fora da escola, no intuito de gastar um pouco menos. Mera
ilusão. Bendito seja aquele “Pastel do Flávio” e malditas sejam as doenças que
ele traz. Quando falo em doenças, não me refiro a nada grave, pelo menos não de
imediato. Me refiro às dores de barriga que ele causa em muitos, dos quais faço
parte.
Muitos pensam que a vida,
depois de entrar no IF, vai melhorar. É, não estão errados. Depois que
concluírem o ensino médio (se conseguirem), o mercado de trabalho vai abrir as
portas. Mas, por outro lado, os futuros
estudantes também devem se conscientizar de que a sua vida social acabará.
Lucas Guilherme - dezembro/2015
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