terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Depois de ser federal



Quando eu digo que o pessoal que administra o IF só invente moda, ninguém acredita. De um tempo pra cá, estamos habituados a ver coisas que, cá entre nós, não têm nenhum sentido.
Vamos começar de trás pra frente. Primeiro falarei de um local, que foi feito recentemente, e que é denominado de “bosque”. Quando pensamos nesse nome e tentamos associá-lo a um local, imaginamos um espaço cheio de árvores, grama e muita gente se divertindo. Tudo bem, meus parabéns para o pessoal que teve essa ideia. Na teoria funciona. Na prática, meus amigos, não é bem isso que acontece. A maioria dos estudantes vai pra lá com outros intuitos (se é que me entende).
Queria eu que o problema fosse só esse. As coisas não param por aí. Temos que nos acostumar a acordar cedo, muitas vezes contra a nossa vontade. Depois de acordarmos, temos que enfrentar um longo trajeto que, ao término do dia, resulta em muito cansaço.
Qual a escola que obriga os alunos a chegar às 7 h e, em alguns casos, a ficar até 9 h da noite? Isso não existe em nenhum lugar (só nos institutos federais).
Como somos forçados a permanecer ali, somos pessoas normais, temos que nos alimentar. Queria eu que a comida fosse, no mínimo, boa. Na cantina do Instituto, a comida, sinceramente, não presta. Ali são encontrados salgados frios que, muitas vezes, causam um desconforto imenso. Sem falar do atendimento, que não é lá essas coisas. Muitas vezes a demora do atendimento compromete nossas aulas, fazendo com que percamos alguns assuntos. Tudo bem, muitos podem achar que a fome é mais importante. Certo, concordo. O ensino médio pode esperar, mas nossa fome não.
Alguns alunos também optam por se alimentarem fora da escola, no intuito de gastar um pouco menos. Mera ilusão. Bendito seja aquele “Pastel do Flávio” e malditas sejam as doenças que ele traz. Quando falo em doenças, não me refiro a nada grave, pelo menos não de imediato. Me refiro às dores de barriga que ele causa em muitos, dos quais faço parte.
Muitos pensam que a vida, depois de entrar no IF, vai melhorar. É, não estão errados. Depois que concluírem o ensino médio (se conseguirem), o mercado de trabalho vai abrir as portas.  Mas, por outro lado, os futuros estudantes também devem se conscientizar de que a sua vida social acabará.

Lucas Guilherme - dezembro/2015

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