quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

O "paraíso" que é o IF



Todo dia é do mesmo modelo. Estamos acostumados a acordar cedo e, muitas vezes contra a nossa vontade, ir a uma escola, na qual um negócio chamado humildade deveria existir.
Quando falo da ausência dessa esplêndida qualidade, pode ter toda a certeza de que me refiro aos alunos e aos professores que aqui frequentam. Que adianta a pessoa ter uma “vida feita” e se achar com o direito de ser mais do que os outros? Pois é, isso existe no IFRN São Gonçalo do Amarante. Prefiro não citar nomes. Até porque não é só um (ou uma). De um certo modo, eles não estão errados. Muito pelo contrário. Estão mais do que certos. É assim que deve ser. Pra que tratar bem os alunos? Tem que tratar na ignorância mesmo. Pra que considerar os alunos pessoas como eles? Devem continuar, com certeza, se achando divinos, seres superiores. Queria eu que fosse só isso. Durante o período em que estamos estudando, somos frequentemente sacaneados por aqueles que, todos os dias, estão na sala conosco. Me pergunto, de vez em quando, o porquê de alguns quererem se beneficiar de qualquer maneira. Mesmo que isso custe a aprovação de uma turma, eles não estão nem aí.  O importante é sua nota. Tentativas falhas, apenas. Na maioria dos casos, esses alunos que querem foder com a turma acabam fodidos. Reprovados. Mal falados.
Como em qualquer escola, o Instituto também tem sua cantina. Certo que, como vivenciamos, não é lá essas coisas, mas, muitas vezes, dá para quebrar um galho. Claro que, como em todos os lugares, há falhas. Há quem queira se beneficiar. Por que pagar para comer quando podemos comer de graça? Você deve estar se perguntando do que estamos falando. Seria muito egoísmo nosso não repassar e ensinar o tal “macete” que ali é feito. Para 95% dos estudantes, isso é um mistério. Para outros 5% (para não dizer nós) isso virou rotina. Pra que existir tanto interesse em entregar uma bendita ficha para nós, se esse interesse não se repete na hora de pegar de volta (se é que nos entende)?
Que falar também sobre a comunicação que a escola tem com os alunos fora do instituto? Já perdi as contas de quantas greves de ônibus aconteceram na cidade de Natal e nada foi comunicado oficialmente aos alunos se haveria aula normal ou não. Não estou dizendo que em caso de greve no transporte público nós devemos ficar sem aula (apesar de todos os alunos desejarem isso), mas pelo menos um comunicado de que a escola está ciente da situação em alguma rede social já é válido.
Entre raivas e estresses, essa é a escola que escolhemos pra estudar (e não nos arrependemos). Essas são as pessoas que escolhemos (ou não) para conviver. Tomara que, um dia, possamos nos acostumar com essa rotina que, cá entre nós, não é tão fácil assim.

Lucas Guilherme
João Kleber
Ybsen Costa

Nenhum comentário:

Postar um comentário