quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

O laço do presente



Ontem eu ganhei um presente. Disseram que era um presente. Olhei-o bem: uma simples embalagem, sem “nada demais”. Não, claro, tinha uma lembrança para mim. Porém algo estava faltando: o laço. Sabe aquelas caixas que têm uma amarração que representam os presentes, sejam eles em emojis, figuras etc? Exatamente! É o charme do prêmio, da surpresa. Presentes sem laços não são memoráveis, não fazem alusão ao que chamamos de presente. É diferente de um presente com aquela amarração “perfeita”.
Fiquei analisando essa teoria do laço e lembrei da vida. O que é a vida de uma pessoa sem um laço? Os laços são os abraços, o afago, o acolhimento. O que seria da vida das pessoas sem um abraço? Um simples abraço pode mudar o dia. Não é à toa que existem as campanhas do “Abraço grátis” em universidades, ruas e nos mais variados lugares nos quais transitam inúmeras pessoas, todas, talvez, tendo a si mesma como única preocupação, sem pensar no próximo. Nunca param para pensar se realmente sua vida é mais difícil que a do outro, se elas são mais especiais que o outro. Existe, apenas, o sentimento egoísta dentro de si. Acredito que nessas embalagens simples, sem “nada demais”, falte o detalhe do laço.

Como odeio o IF



Acordar cedo de segunda a sexta. Como odeio o IF. Ir à parada. Como odeio o IF. Pegar a bestinha 314-A. Como odeio o IF. Esperar João Victor no Frigoiás. Como odeio o IF. Pegar a Volare ou o E1. Como odeio o IF. "Paga logo 1 real". Como odeio o IF. Às vezes R$ 1,15. Como odeio o IF. Enrola pro Novo Santo Antônio. Como odeio o IF. Olho pro cobrador. Como odeio o IF. Passa em frente à casa de Igor. Como odeio o IF. Algumas vão bem devagarinho. Como odeio o IF. Desço da Volare. Como odeio o IF. Olho para as escadas. Como odeio o IF. Aquela bendita fachada. Ah, como odeio o IF! No primeiro horário, lá vem a praga do Milson. Meu Deus, como odeio o IF! 1h 30m só de tédio. Como odeio o IF. Chego na cantina e os salgados são os mesmos. Como odeio o IF. Nada muda, só tem o din-din. Como odeio o IF. No segundo bloco, é hora do cão. Puta que... Como odeio o IF. Dá um bom dia e ser respondido com um "Que é, seus bostas?" Como odeio o IF. No decorrer da aula, recebo a nota da prova. Como odeio o IF. Pra variar, uma circunferência como nota. Como odeio o IF. Sem falar da overdose de Programação. Como odeio o IF. Não entendo porra nenhuma. Como odeio o IF. Ai, meu Deus, como odeio o IF. À tarde, ainda tem a dependência e o C.A. Como odeio o IF. Adivinha de quem é? Milson Santos. Como odeio o IF. Ainda tem os enormes trabalhos. Não se esqueça das listas de POO! Me pergunto o porquê de estudar isso. O trabalho de Antônio Prata. Como odeio o IF. Naquele dia, pensei que eu iria dormir na escola. Como odeio o IF. A placa de Chibério, que, por sinal, não deu certo. Como odeio o IF. O musical de Artes também não ficou lá essas coisas. Como odeio o IF. Não se esqueça do Khan Academy. Como odeio o IF. Vou dormir já de madrugada. Como odeio o IF. Acordo e acontece tudo novamente. Como odeio o IF. EU ODEIO O IF!

Ybsen Costa - dezembro/2015

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Pensamento pornográfico



As pessoas de hoje em dia, principalmente aqueles jovens que passam mais de 5 minutos no chuveiro, estão com um sério problema de poluição mental.

Uma palavra, uma só palavra, e a mente do indivíduo pensa em um universo de putaria, pornografia e malícia. Ninguém escapa. Até mesmo o mais tímido, o mais quieto, o mais retraído, o mais inibido ou o mais acanhado tem um pensamento malicioso, mesmo que não demonstre tanto.

Em um relacionamento sério com o IFRN



Depois de muito tempo vivendo a mesma rotina dentro do IFRN, comecei a notar que existe uma grande semelhança entre os bons e os piores relacionamentos amorosos e a vida de um IFiano. Rubem Alves já escrevera:


Na vocação, a pessoa encontra a felicidade na própria ação. Na profissão, o prazer se encontra não na ação, mas no ganho que dela se deriva.”

Ensino Médio inocente



A crônica de hoje, caros leitores, é longa e cheia de absurdos, sexo e depravação. Mais precisamente uma crônica que começou no início de setembro de 2015, e que dura até hoje, num local chamado IFRN, que é um colégio de São Gonçalo do Amarante. Para chegar até lá, basta ir pela RN-160 – você verá um pouco de mato, alguns casebres e barracos, mais mato... e pronto, você chegou.

O "paraíso" que é o IF



Todo dia é do mesmo modelo. Estamos acostumados a acordar cedo e, muitas vezes contra a nossa vontade, ir a uma escola, na qual um negócio chamado humildade deveria existir.
Quando falo da ausência dessa esplêndida qualidade, pode ter toda a certeza de que me refiro aos alunos e aos professores que aqui frequentam. Que adianta a pessoa ter uma “vida feita” e se achar com o direito de ser mais do que os outros? Pois é, isso existe no IFRN São Gonçalo do Amarante. Prefiro não citar nomes. Até porque não é só um (ou uma). De um certo modo, eles não estão errados. Muito pelo contrário. Estão mais do que certos. É assim que deve ser. Pra que tratar bem os alunos? Tem que tratar na ignorância mesmo. Pra que considerar os alunos pessoas como eles? Devem continuar, com certeza, se achando divinos, seres superiores. Queria eu que fosse só isso. Durante o período em que estamos estudando, somos frequentemente sacaneados por aqueles que, todos os dias, estão na sala conosco. Me pergunto, de vez em quando, o porquê de alguns quererem se beneficiar de qualquer maneira. Mesmo que isso custe a aprovação de uma turma, eles não estão nem aí.  O importante é sua nota. Tentativas falhas, apenas. Na maioria dos casos, esses alunos que querem foder com a turma acabam fodidos. Reprovados. Mal falados.

O beija-flor e a gaiola



Estava indo ao banco com meu pai. Dia quente, longo e estressante engarrafamento. Não era um bom dia. Chegando ao Banco, ainda me deparei com uma fila enorme para pegar a ficha. Após um tempo de espera, ouvindo reclamações e gritarias dos vendedores ambulantes, eis que um beija-flor entra no Banco. Ninguém reparou no começo, mas foi começando a se agitar e passou a chamar mais atenção dos ali presentes. O clima de estresse se transformou em um clima alegre, todos tentaram ajudar o pobre beija-flor, sem sucesso.

IFRN de Songa City e suas engenharias




O IFRN – Campus São Gonçalo do Amarante – é lindo, maravilhoso, vivo, perfeito. Quem o construiu pensou em absolutamente tudo. Sem sombra de dúvidas, gênios de nossa época.
Para satisfazer aqueles que não gostam das aulas de Educação Física, foi pensada uma solução genial, a partir das mentes geniosas desses mitos da engenharia. A quadra fica localizada a uma distância de anos-luz do bloco principal.    De tal maneira que, quando se chega lá, já é hora de voltar. O mais aconselhável seria a aquisição de uma nave da frota estelar do Star Wars, mas, com o corte de gastos, em virtude da crise econômica, o mais sugerível é que volte correndo, caso não queira perder as aulas seguintes.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Depois de ser federal



Quando eu digo que o pessoal que administra o IF só invente moda, ninguém acredita. De um tempo pra cá, estamos habituados a ver coisas que, cá entre nós, não têm nenhum sentido.
Vamos começar de trás pra frente. Primeiro falarei de um local, que foi feito recentemente, e que é denominado de “bosque”. Quando pensamos nesse nome e tentamos associá-lo a um local, imaginamos um espaço cheio de árvores, grama e muita gente se divertindo. Tudo bem, meus parabéns para o pessoal que teve essa ideia. Na teoria funciona. Na prática, meus amigos, não é bem isso que acontece. A maioria dos estudantes vai pra lá com outros intuitos (se é que me entende).

Moderno e descartável



Há alguns dias, ouvi um colega falar que escutou, em uma palestra na Canção Nova, uma história de um senhor e uma senhora. Eles estavam há muito tempo juntos e um dia um jornalista fez a seguinte pergunta: “Como vocês passaram tanto tempo juntos em meio a tantas brigas?” E então um deles respondeu: “Meu querido, somos de uma época em que, quando quebrávamos alguma coisa, éramos ensinados a consertar.”. Sinceramente, esse é o grande problema dos relacionamentos de hoje: são descartáveis. 

Relatos de uma desesperada



Ultimamente me pego observando muito as coisas cotidianas e vasculhando o meu passado. Parece ser fácil, mas não é, principalmente em se tratando de tirar boas notas em Português. Nunca achei Português um bicho de sete cabeças, mas isso até entrar no IFRN. É desesperador quando se precisa tirar boas notas, principalmente quando você não sabe como “estudar”. Agora imagina o desespero que é tentar tirar boas notas quando não se sabe estudar e é aluno de Milson Santos. Preciso fazer uma crônica no estilo de Rubem Alves. Reflexão é o que não falta na minha vida, porém minha vida não é emocionante e nada ao meu redor é interessante o suficiente para ser lido ou ter destaque em um site qualquer. Me encontro em desespero, sem saber o que escrever. Preciso impressionar o meu professor, mas minha mente se enche de um vazio imenso e meus olhos estão cegos em relação à realidade que me cerca. Particularmente me animei ao saber que deveria criar uma crônica. Pensei em falar sobre muitas coisas, inclusive sobre o bebedouro horrível do instituto. Mas a crônica precisa ser no estilo de Rubem. O que falar sobre o bebedouro? “Fonte de água pura de nossas vidas, saciando nossa sede, independente das horas que se deve passar bebendo 1 mililitro de água e dos insetos que ali jazem”? Pensei em falar sobre o meu passado também. Mas realmente não vale a pena, e a única reflexão que fica dele sobre o que eu ia redigir é: nunca namore um cu de cana. Mas o que eu queria mesmo era enfiar o professor Milson na minha crônica. Não sei por que, mas queria.... Vai que garanto uns décimos a mais, né?! Realmente não sei o que escrever. Já tentei refletir sobre tudo, mas nada me atrai. Religião? Não. Namoro? Pior ainda. Amor? Clichê demais. Noticiários? Sem chance. Complicado. Pensando bem, observando minha vida e meu cotidiano, posso concluir que não sou uma boa pessoa e que todos ao meu redor são cruéis. Mas e o assunto, cadê?! Eu esperava mais de mim no quesito criatividade. Já fui uma decepção em criar cordel. No conto, nem tanto, mas eu esperava dar a volta por cima na crônica. E agora ainda me encontro sem assunto para tratar sobre isso. Que decepção.... Enquanto vou pensando em um assunto, vou escrevendo. Não é nada extraordinário e nem mesmo melhor que as outras coisas que pensei, mas ao menos consegui encaixar o meu professor aqui, mesmo sem motivos.

Tays Maria - dezembro/2015

#HASHTAG



Minha mãe sempre disse: Não use celular no posto de gasolina. #Éperigoso. Imagino que as outras mães digam o mesmo para seus respectivos filhos. Mas, ainda assim, uma doida tava tirando #Selfie com o #Mozão na fila do posto de gasolina. Ela devia estar buscando uma #Legenda única e profunda, que só alcançaria ali, no posto. Por exemplo:

Precisa-se de alguém



Eu estava voltando sozinha para casa, coisa que não fazia há meses, por volta das dezessete e quarenta, quando me lembrei de uma noite adorável que vivi há pouco mais de um ano. Naquele dia, o sol havia acabado de se deitar quando saímos pela primeira vez. Estávamos abraçados, ainda que nossos corpos não estivessem tão próximos naquela ocasião. Estávamos a caminho de algumas apresentações culturais e a nossa felicidade era algo absurdamente grande. Era maior do que o barulho que os mais de quarenta alunos faziam dentro daquele ônibus antigo e desconfortável. Era a primeira vez que realmente ficávamos juntos. Nos sentíamos íntimos, apesar de nossas conversas, antes desse dia, terem sido apenas por essas novas cartas instantâneas e, das poucas vezes que nos vimos pessoalmente, o silêncio tomasse conta do ambiente. Era como uma contradição, sabe? O que mais afasta as pessoas nos tempos atuais nos uniu.

Pra que lado fica o bosque?



Logo depois do recesso de outubro, ouvimos boatos de que iríamos ter um bosque para o nosso lazer, alunos do Campus - IFRN São Gonçalo do Amarante, no nosso tempo livre. Esperávamos curiosos o espaço de descanso. Não demorou muitos dias, até que ele estivesse pronto.
O Bosque do IF, como é chamado, se transformou em um lugar muito mais do que apenas para relaxar ou passar o tempo nos intervalos, tornou-se a concentração dos alunos que não vão às aulas de Programação, que jogam conversa fora sem precisar se comunicar só por Wi-Fi, fez-se moradia para os alunos na “bad” e principalmente um ninho de amor para os casais do Campus, que viviam às soltas pelos corredores.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Não voltará



Faltavam dois dias para o Natal. Estava organizando uma confraternização em família, subi até um quarto onde guardava todo tipo de trecos que não mais utilizava em busca de alguns enfeites natalinos. Observei alguns enfeites dentro de uma caixa de papelão e resolvi pegar para colocá-los na árvore.  Ao puxar, tudo desmoronou e foi ao chão, dezenas de enfeites sobre mim e, em meio a eles, achei um antigo álbum de fotografias. Comecei a folhear.

#MeuAmigoSecreto



Agora essa é a nova moda do Facebook: falar sobre um tal de amigo secreto que todo mundo tem. Parei para observar por uns instantes, percebi que algumas pessoas estavam rindo da campanha e acho que eles que estão certos. Sim, eles estão certíssimos!
Uma garota falou que seu amigo secreto acha que homem que se relaciona com muita mulher é “pegador” e uma inspiração, mas mulher que fica com muito homem é vulgar e fácil. O que essa garota tem na cabeça? Claro que seu “amigo” está certo, o que as pessoas pensariam sobre uma mulher que transa com muitos garotos?