
No Campus São Gonçalo do Amarante, foi
onde tudo começou. Não me lembro qual o dia, mas já sentia que Pri iria ficar
pra sempre em nossa vida acadêmica. Quer dizer, na vida dos alunos de Informática,
do 2º ano. Aulas divertidas, brincadeiras empolgantes, que nos faziam voltar a ser crianças, muitas conversas interessantes
e o PP – Pequeno Príncipe.
Mas tudo que é
bom acaba. E tudo isso acabou! Priscila Seabra, a melhor
professora de Língua Inglesa que já tive, se foi. Eu sei que seria muito
difícil - para mim - esquecer dela, mas também não foi nada fácil, para a nossa
musa americana, esquecer da gente - seus
queridos alunos de IFRN (São Gonçalo), nosso campus. Não sei por que tal decisão de querer ir
embora, nos deixar, nos abandonar aqui, neste campus.
Não sei também qual
o motivo para nos trocar pelo Campus Parnamirim.
Maldito! Maldito Campus Parnamirim!
Levou Romero, “senhor sério”, professor de Geografia do nosso campus, e agora Priscila? Não pode ser!
Neste momento, com esse remanejamento, me senti como
uma filha que acabou de perder sua mãe.
O meu coração
chorou rios de lágrimas. Muitos disseram que não vale chorar por alguém novo.
Porém era como se já a conhecesse há muito tempo. E Pri já tinha me cativado,
assim como o Pequeno Príncipe, que cativou a Raposa e logo após foi embora. Então
a dor foi maior. Não queria quebrar esse laço. Chorar na sua despedida foi a
solução, como a fez a Raposa quando o Pequeno Príncipe se foi.
Tão alegre,
amiga, agradável e com o jeito tão meigo! Com seu jeito de ensinar, sempre
agradava a todos. Com ela, tudo era festa. Assim era Priscila, a professora de
Inglês.
Quando realmente
chegou a hora de dizer adeus, tudo que era belo virou tristeza. O céu ficou sem
cor. As estrelas ficaram sem brilho. A grama, que fica em frente ao laboratório
da Miss Seabra, perdeu todo seu tom de verde alegria, e transformou-se em
amarelo tristeza. Mas só uma coisa ficou: aprendi, de verdade, o que é sentir
saudades.
Érica Santos
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