
No primeiro dia de aula,
houve uma palestra para mostrar o curso de Logística. Fiquei encantado com as
pessoas com as quais eu iria estudar durante quatro anos. Depois da palestra,
tivemos uma aula experimental com Milson Santos, professor de Língua
Portuguesa, na qual ele perguntava:
“Qual sua experiência com a
língua?”
Até hoje me lembro das
respostas dos meus colegas. Manoel, por exemplo, falou que sua experiência com
a língua vinha desde a infância. Meus pensamentos voaram ao infinito,
imaginando quais seriam. Fiquei babando pelas meninas do curso de Logística,
principalmente por Laura Matos. Estava tão abestalhado por ela que babava mais
que uma cachoeira em época de chuva. Mas as relações interpessoais deixemos de
lado.
Essa ilusão de “escola
perfeita”, no entanto, foi se extinguindo com o passar do tempo. Percebi que
não existia nada do que eu pensava. Me decepcionei com o IFRN. Tenho saudade da
minha antiga escola, lembro-me de que lá não precisava ficar acordado até tarde,
estudando para as provas e trabalhos, ou acordar cedo para chegar antes das
aulas começarem. Muitas vezes me olhei no espelho e tomei um susto, pois estava
com os olhos vermelhos, amarelos, e a cara cheia de espinhas. Meu rosto parecia
uma jaca. Nunca imaginei que iria sofrer tanto em uma instituição de ensino,
sem falar nos dias em que passei fome e me estressei. Os alunos do IFRN-SGA são
como zumbis ambulantes, que só pensam em uma coisa: agradar aos professores.
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