
Que decepção tive eu quando
soube que minhas férias viriam, praticamente, no meio do ano que vem! Diferente
da minha antiga escola, em que havia férias praticamente toda semana, era uma
maravilha. Sempre acontecia algo: um professor ficava doente ou, então, estava
de licença. Tinha até professor que colocava atestado de óbito, alegando a
morte de algum parente distante, que nem conheciam, mas colocavam mesmo assim
para não ir ao trabalho.
Havia várias outras ocasiões
em que não tínhamos aula: queda de energia, falta de água por causa de canos
entupidos etc. Uma vez que entupiram o vaso sanitário do banheiro masculino. Nessa
ocasião, houve aula, mas com o horário reduzido. Por incrível que pareça, nesse
dia deu uma mijadeira nos meninos, que nunca tinha visto na minha vida.
Mas algo bom aconteceu na
antiga escola, aprendizados importantes vieram comigo: aprendi a conviver com
os meus amigos, a ouvi-los, aconselhá-los. Aprendi também a correr atrás do que
quero. Se falta um professor, por exemplo, vou procurar saber se outro vai
substituir, pois agora sei qual a importância de um professor na nossa vida.
Ainda mais quando perdi um muito legal, Dayvyd Lavaniery, docente de Língua Portuguesa,
que, infelizmente, não ministrou essa matéria para minha turma. Tive a
oportunidade de conhecê-lo quando entrei para o coral do IFRN-SGA. Seu carisma,
seus trejeitos e, principalmente, a alegria que expressava quando nos regia, marcaram
a todos nós, tanto os integrantes quanto os que nos assistiam.
Os professores que tive na
outra escola nem se comparam aos que tenho hoje. Estes mostram interesse em
ensinar, já os antigos... não quero nem comentar. É como disse no começo: as
coisas boas nunca vêm cedo.
Tenho um professor muito show, por exemplo, o
que ministra Língua Portuguesa. Milson Santos é o nome dele. Até hoje o melhor
professor que já tive. Admiro vê-lo trabalhar. É engraçado, comprometido com o
que faz e se importa muito com o aluno. Procura sempre uma forma para ajudar.
Na matéria que leciona só não passa quem não quer. Esse é apenas um exemplo.
Demorou nove anos, mas conheci professores de vergonha.
Manoel Paulo
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