terça-feira, 3 de março de 2015

Agora sim!

As coisas gratificantes nunca vêm cedo, principalmente as boas. As férias, por exemplo, os estudantes adoram, mas só vêm de ano em ano, assim como as chuvas no sertão nordestino.
Que decepção tive eu quando soube que minhas férias viriam, praticamente, no meio do ano que vem! Diferente da minha antiga escola, em que havia férias praticamente toda semana, era uma maravilha. Sempre acontecia algo: um professor ficava doente ou, então, estava de licença. Tinha até professor que colocava atestado de óbito, alegando a morte de algum parente distante, que nem conheciam, mas colocavam mesmo assim para não ir ao trabalho.
Havia várias outras ocasiões em que não tínhamos aula: queda de energia, falta de água por causa de canos entupidos etc. Uma vez que entupiram o vaso sanitário do banheiro masculino. Nessa ocasião, houve aula, mas com o horário reduzido. Por incrível que pareça, nesse dia deu uma mijadeira nos meninos, que nunca tinha visto na minha vida.
Mas algo bom aconteceu na antiga escola, aprendizados importantes vieram comigo: aprendi a conviver com os meus amigos, a ouvi-los, aconselhá-los. Aprendi também a correr atrás do que quero. Se falta um professor, por exemplo, vou procurar saber se outro vai substituir, pois agora sei qual a importância de um professor na nossa vida. Ainda mais quando perdi um muito legal, Dayvyd Lavaniery, docente de Língua Portuguesa, que, infelizmente, não ministrou essa matéria para minha turma. Tive a oportunidade de conhecê-lo quando entrei para o coral do IFRN-SGA. Seu carisma, seus trejeitos e, principalmente, a alegria que expressava quando nos regia, marcaram a todos nós, tanto os integrantes quanto os que nos assistiam.
Os professores que tive na outra escola nem se comparam aos que tenho hoje. Estes mostram interesse em ensinar, já os antigos... não quero nem comentar. É como disse no começo: as coisas boas nunca vêm cedo.
 Tenho um professor muito show, por exemplo, o que ministra Língua Portuguesa. Milson Santos é o nome dele. Até hoje o melhor professor que já tive. Admiro vê-lo trabalhar. É engraçado, comprometido com o que faz e se importa muito com o aluno. Procura sempre uma forma para ajudar. Na matéria que leciona só não passa quem não quer. Esse é apenas um exemplo. Demorou nove anos, mas conheci professores de vergonha.

Manoel Paulo

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