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Taygor Enrico M. Lopes de Souza |
No
dia 30 de outubro de 2007, foi oficializado que o Brasil seria a sede da Copa
do Mundo de Futebol de 2014. A prévia estimada de gastos para esse evento
esportivo, segundo a Primeira Matriz de Responsabilidade, é de 33,53 milhões de
reais.
Por
que o Brasil precisa de mais dinheiro do que foi gasto na África do Sul, último
país a sediar a Copa, se este país não tinha nem a metade da infraestrutura que
o Brasil tem? A meu ver, a única resposta para tal pergunta é o fato de que
existem muitos corruptos na organização, desviando grande parte das verbas destinadas
à realização desse evento.
Ninguém
nos veio perguntar onde preferiríamos gastar todo esse dinheiro. Se viessem,
com certeza não iríamos escolher a construção dos estádios.
Enquanto
um estádio é construído, existem pessoas sofrendo, morrendo, agonizando em
corredores de hospitais, esperando algum médico ou medicamentos. Enquanto é
construído um estádio, existem milhares de crianças querendo uma educação de
qualidade ou, pelo menos, uma escola para estudar. Enquanto é construído um
estádio, milhares de pessoas se dirigem ao trabalho em situações precárias – em
ônibus superlotados, sucateados, que trafegam por vias esburacadas.
Há
quem diga que a Copa do Mundo trará melhorias para o Brasil, como o aumento da
economia, por exemplo. Mas o que poucos sabem é que metade do dinheiro
arrecadado vai para a FIFA, e a outra metade para quem já tem muito dinheiro,
como os grandes empresários.
Assim, vemos que o
Brasil não está preparado para receber um evento desse porte. O Brasil não
precisa de estádios, não precisa de uma máscara. O Brasil precisa de
investimento em diversas áreas, como saúde, segurança, mobilidade, educação e
cultura. O Brasil precisa de “ordem e progresso”.
Taygor Enrico M. Lopes de Souza
– estudante do 2º ano do curso de Informática no IFRN – Câmpus São Gonçalo do
Amarante
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